quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Trilhos do Führer



Era mais um de carga a deixar a estação quando mais 150 crianças chegaram.

Os soldados convidativamente atraíam-nas para o trem
Foi quando uma das crianças perguntou:
-Não é um trem de carga? Por que iremos nele?
-Não respondo perguntas! Entre, saukerl(insulto ao menino)!
-Perdão, senhor, mas onde estão as outras crianças que partiram há 1 hora?
-Não faça mais perguntas!
-Por favor! Diga-me onde estão meus pais.

Não houve resposta.

Ao entrar no trem, mais uma vez a criança depara-se com outro soldado e pergunta:
-Desculpe, mas de quem é todo esse sangue? Animais?
-Sim, muitos animais!
-Que tipo?

-Seus PAIS!


(Não é um verso, mas surgiu na mente, desenvolvi e resolvi postar.)




domingo, 28 de novembro de 2010

No one(?)




I was out of mind
When love got me the first time
Then he left me stuck
And his heart I wouldn't touch

My eyes used to be closed
I tried to open up them
But the illusion was bigger than
My wish for being loved

Suddenly I saw another one
So I found out who he was
The boy I called "no one"
Made me think of us.

(Tradução)

Ninguém(?)

Eu estava fora de mim

Quando o amor me pegou pela primeira vez

Então ele me deixou preso
E seu coração não vou tocarMeus olhos costumavam ficar fechados
Eu tentei abri-los
Mas a ilusão foi maior do que
Meu desejo de ser amadaDe repente, vi um outro
Então, eu descobri quem ele era
O menino que chamei de "ninguém"
Me fez pensar em nós.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Artefato Popular


Tantas verdades
Mentiras a mais
Gente que vive e mente
Mente traindo
Mente falando
Mente pensando

Finge que sente
E mesmo que tente
Só vive se mente
Se mascarando.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Na corrente dos Ventos



Ele se foi
Outros se foram
Alguns vêm e logo se vão
Eles me roubam o coração
Me acrescentam dores...
Os meus amores.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sofia em Penúria

Estava eu a meditar
Sobre o caos desta Terra
À riba da colina
Onde a mente posso elevar

Uma terra onde muitos choram
Esperando que um dia isso mude
Procurando o fim do abismo
O homem procura e se ilude

Desconhecem um grande Senhor
E a filosofia do maior Mestre
Que com Seu amor tão ágape
Veio a nós, se fez terrestre

Mas nem Seu corpo tão cruento
Faz todos mudarem
E seus erros pesarem
Morrem sozinhos até o último alento

E como se não bastasse
Reclamam da pena que já findou
Foram perdoados pela dor de outrem
E ferem o coração daquele que os amou.

domingo, 19 de setembro de 2010

O Ontem Não Se Foi


Quando você se foi,
Só deixou em mim vontade.
Deveria eu te deixar?
Sim, mas algo me diz que não.
Eu te amo, é verdade.

Você pode me ouvir de tão longe?
E me sentir? Você pode?
Eu te sinto.
Ah, como eu te queria longe!
Minto.
Eu te queria aqui.

Quantas vezes sonhei com você?
Talvez cinquenta ou quinhentas vezes.
Quantos versos foram pra ti?
Mais do que imaginava escrever,
Menos do que poderia ter escrito.

Teu sorriso ainda ronda minhas pupilas.
Tua voz não sai de mim.
E é como se eu pudesse esperar
Por alguém que não amou a mim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Soneto


Pus-me a lembrar do abraço teu deleitei
Nas memórias por mim de ti criadas
Me escondeste o coração abaladas
As noites e saudades de ti porque amei

Em idas e vindas tua face admirei
Beleza, maldade que não sejam lembradas
Palavras difíceis de verdades quebradas
Não pode-se contar com o que sonho e sonhei

Tolo. És covarde como se abriga
Então vive a vida tua, cientista
Cria a solidão e mendiga

Pelo desprezo que trouxe-me às vistas
E do amor à outra, não tua amiga
Ao ver a derrota de tua conquista.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ouro da Minha Terra


Quando abrir os olhos
Enxergue-as
Quando fechar os olhos
Enxergue-as

Quando a noite cair
Rasgue-se por elas
E às 3:00h da manhã
Chore por elas

E quando abrir o grande Livro
Abra pensando nelas
Quando pensar no futuro
Pense no futuro delas

Se teu lado é paraíso
E o delas é inferno
Estende a mão do outro lado
Por amor delas

Ouça o grito delas
Ouça o choro delas
E cala teu silêncio

Não pense em como suas vestes são alvas
Suje-se por elas
Liberte-se
Ame as almas.

domingo, 29 de agosto de 2010

O Louco de Amor

Havia um louco
Que morava numa cabana
Isolado das pessoas
Pois não sabia amar
Nunca soube do amor

Um dia o louco achou um livro
Escondido embaixo do piso
Que falava de grandes amigos,
De afetos e sorrisos

O louco não sabia do amor
Nem sequer o que ele causava
Só sabia que viveria
Não precisava de mais nada

Então ele foi caminhar
E de passos cansados, pôs-se a deitar
Encostou numa árvore e pegou no sono
Onde amava borboletas e flores
Era tudo um sonho!
O louco não tinha amores

Acordou de um salto
Pegou sua rede na maleta
E foi procurar pelo amor
Foi caçar borboleta!
E depois de apanhá-las
Quis tocar uma flor
Margaridas, rosas
Pois tocava o amor.

Faces


Eu cansada
Sentada
Ou deitada na rede
E minhas mãos delirando
Dando traços, dançando
E o rabisco sujando
Então a arte se forma
Doendo os dedos
Compondo traços
Tão sem disfarces
Cansando os braços
Formando faces

(Porque eu amo desenhar)

domingo, 8 de agosto de 2010

Para Sempre...


Quando a música toca
Resgata em minha memória
Um silêncio sentimental
E a minha alma de criança

Lembro-me de lugares onde morei
E que nunca mais voltarei
Lembro da varanda onde dormia
E da primeira bicicleta
Das pequenas grandes coisas
Que me valiam mais que o mundo

Dos amigos que não mais verei
Das ruas onde não andarei
Da pracinha que tinha um chafariz
E toda noite suas luzes a iluminavam
Do meu quadro e o pó de giz
Que sempre me acompanhavam

E as pessoas que se foram
As que não pude me despedir
Daquelas que não foram
E que jamais hão de vir
Enquanto todos viviam
Seus movimentos e ações percebia
E ainda guardo na memória da vida
Essa doce-amarga nostalgia.

Lágrimas de Piedade

Ignorância é o que se vê
Desprezo é o que se sente
Sentimento de dor às vezes presente
Da esperança que se pode perder

Tua boca não cala o que o coração sente
Assassina pessoas com teu modo irreverente
Desprovido de sabedoria, um tolo a se gabar
Falso independente que tem medo de amar.

Hipócrita ainda é
Pois fala o que não faz
Se falasse o que faz não teria amigos
Assim, planta amizade e colhe inimigos.

Inspiração é o que não falta
Agora tenho o que não tinha
E tu como um louco, a si próprio exalta
Fazendo de tua vida uma experiência mesquinha.

Intensos e Breves

Se tentar conquistar não me faz conquistar
De que adianta continuar?
Se o primeiro me conquistou e eu não o conquistei
E de amores quase me foi a vivavidade
Pois o amor se fez vaidade
E a beleza tornou-se maldade

Então aparece-me outro
Que aparentemente o supera
E meu coração se joga, nem espera
Mas instantaneamente se esvai
Também sem reciprocidade
Talvez eu deva mesmo ir embora
E sair desta estranha cidade

Acabou-se

Por todos os que amei
Por todos os que gostei
Amar é mais importante
Levo àquele que está distante
Um sorriso de adeus
E uma face sorumbática
Daquilo que se foi
Então permaneço estática
Para todos que queiram amar
E não sabem me conquistar
O que conseguir superar
Conseguiu-me
E aquele que apagar o passado
Queimará com seus beijos o entrelaçado
E rasgará com as mãos que me tocam
A história amarga e sem fim
E de todos eu amarei mais
Do que aquele que nunca olhou para mim.

Mystikós

Coloque ordem nessa balbúrdia!
É tanta idéia, tanta imaginação
Que tudo começa e acaba em vão
E a ordem não se encontra

Ainda existe a esperança
Mas não se fazem alianças
Para um mesmo final
Talvez esteja aturdido
Ou um tanto imoral

Se antes era de um Deus
Ou se depois surgiu um complô
Se antes não era de ninguém
E hoje se guia por tarot
E também por aquele lá
Aquele chamado de Ka
Que nunca mostrou fado
É sim aquele que quer te ver morto
E te deixar torto
Como um mago ou um louco
A quem atribui sabedoria
E nem mesmo sabe se dará vida
E se terá por naquilo crer

Em que mais acreditará?
Se um espírito morto pode ressuscitar
Então se quiseres poderá
Existe um lugar pra onde se deve voltar
Para aquele que ainda espera

É mais fácil voltar agora
Antes de haver perdido as chaves
E caído num poço obscuro

Porque a paz de alguém solitário
Estava perto e foi desprezada
Por alguém que não tinha Deus
E pelo místico foi escravizada
A alma daquele rapaz