quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Louco e Sensato



O sábio é louco
Um sofista pragmático
Caracteriza-se pelo prazer
De ser um ser enigmático.

O tolo logo se expõe
Com muita loquacidade
E às críticas, nunca se opõe
Um simplório de qualidade.

Mas prefiro um sábio louco
A um tolo verborrágico
Primoroso é o sábio
Ama poucos, mas ama mais.
O tolo se apaixona demais
E seu fado é de escárnio.



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

És um devaneio?



Um tanto cruel
Um pouco amador
Seu toque singelo
E estranho ardor.

Por que não me nota
Com um olhar sutil?
Não admiro-te menos
Não menos que mil.

Espere-me na porta
Diga tudo que sei
Serei sua conquista
E se, pois, me amares...
Entregar-me-ei.

Às Frívolas


As que de outrora me fizeram ser
O que as de hoje não podem mais ver
Se a contemporânea escondeu o soneto
E o verdadeiro som tornou-se obsoleto.

Se as belas hoje são antiquadas
E as ocas são adoradas
Onde a Bossa sucumbiu
Não restou nem o Toquinho
É como já dizia Cartola: "O mundo é um moinho."
Esse engenho moeu os miolos
Daqueles que deveriam pensar
Que música não se faz com os olhos
Mas tão-somente, com o poder de amar.