quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Então é a Hora



E se a essa altura estiver dormindo nos meus sonhos
Enquanto vivo acordada em seus pensamentos?
Se pudesse me levar ao seu encontro
O vento que me trouxe raro sentimento.

Não há trocas ou desperdícios,
Não há beleza nem dinheiro,
Vícios extintos
Sono, perdemos.

Se quando corro te sinto tão perto
Quanto mais corro, mais estou perto
E sei o que fora errado e hoje é certo
Amar com tanto do que sei
Me amando com tudo que você sabe.

Pedir pra fingir pode ser cruel
Querer fingir será fatal
Se não há tempo, não há vício
Há momento
Pois, de que precisa um tal que saiba
De todos os vícios de amor insanáveis
Quando se tem um novo sorriso
Pra curar momentos curáveis?

Quem acharia razão na inércia
Se houvesse ação de lá a cá?
O que ainda nos falta?
Será vantagem
ou seria coragem?
Um risco fatal
E um momento oportuno
É só o que precisamos
Pra tornar todo vale noturno
No que nós sempre esperamos
E que eu e você amamos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Smell



Ah, se eu tivesse uma caixinha
Uma caixinha toda colorida
Que tirasse-me todo amor
E guardasse na caixa uma vida.

Quem pode me dar um baú pequeno?
Não precisa ser novo, pode ser de papel
De papelão fino, talvez
Só precisa ter cores e aquele cheiro de mel
Pode ser de gesso, mas colorido
Com cheirinho de flor
E um pouquinho de amor.

Alguém poderia dizer que é só uma caixa
Um mero receptáculo
Mas que de feia impressão
Tornaria-se um papel espetáculo
E me deixaria assim
Toda tão.