domingo, 19 de setembro de 2010

O Ontem Não Se Foi


Quando você se foi,
Só deixou em mim vontade.
Deveria eu te deixar?
Sim, mas algo me diz que não.
Eu te amo, é verdade.

Você pode me ouvir de tão longe?
E me sentir? Você pode?
Eu te sinto.
Ah, como eu te queria longe!
Minto.
Eu te queria aqui.

Quantas vezes sonhei com você?
Talvez cinquenta ou quinhentas vezes.
Quantos versos foram pra ti?
Mais do que imaginava escrever,
Menos do que poderia ter escrito.

Teu sorriso ainda ronda minhas pupilas.
Tua voz não sai de mim.
E é como se eu pudesse esperar
Por alguém que não amou a mim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Soneto


Pus-me a lembrar do abraço teu deleitei
Nas memórias por mim de ti criadas
Me escondeste o coração abaladas
As noites e saudades de ti porque amei

Em idas e vindas tua face admirei
Beleza, maldade que não sejam lembradas
Palavras difíceis de verdades quebradas
Não pode-se contar com o que sonho e sonhei

Tolo. És covarde como se abriga
Então vive a vida tua, cientista
Cria a solidão e mendiga

Pelo desprezo que trouxe-me às vistas
E do amor à outra, não tua amiga
Ao ver a derrota de tua conquista.